Para funcionar bem, os esquemas de Francisco de Assis Moreira de Oliveira, o cunhado do governador Confúcio Moura (PMDB) tinham o apoio de vários parlamentares, detalhou o ex-secretário de Saúde, José Batista da Silva na delação premiada feita à Polícia Federal. Um parlamentar em especial é citado por Batista: Adelino Follador, que seria um facilitador para que a empresa Oxiporto recebe seus recursos em dia dos cofres estaduais. A Oxiporto e seus proprietários são acusados em várias ações de improbidade administrativa na Justiça Estadual por corrupção. A empresa, segundo Batista topou em pagar propina para o cunhado em torno de 9% do que recebia. O deputado Follador ganhava 6%.
Nesse caso de corrupção, segundo Batista a Oxiporto concordou em realizar os repasses por quase um ano. A empresa vende gases hospitalares para as unidades de saúde do Estado e não estava recebendo em dia. O deputado Follador apareceu para facilitar o pagamento de recursos realizados pela Sesau e ganhou bastante dinheiro. Batista detalhou assim como acontecia o golpe com o dinheiro público: Assis propôs que Ailton (na verdade Airton de Jesus) “pagasse 9% do valor mensal que teria a receber para ele (o cunhado) e que destinasse 6% ao deputado Follador, para que houvesse o agilizamento do pagamento da empresa na Sesau, o que foi acertado e aceito”. O esquema durou 8 ou 9 meses, e o próprio Batista pagava a propina em espécie, segundo seus próprios relatos.