Presidente do Senado recebeu jornalistas para um café da manhã. Governo quer aprovar a reforma ainda em fevereiro, mas senador fala em prazo apertado.
O presidente do Senado, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta quinta-feira (8) que se a reforma da Previdência não for votada em fevereiro, como quer o governo, pode ficar para o mês de novembro. Segundo ele, isso não seria uma "catástrofe".
O governo quer aprovar o texto ainda em fevereiro. Na avaliação do Palácio do Planalto, por se tratar de um ano eleitoral, as chances de a reforma passar na Câmara e no Senado reduzem muito a partir de março.
A análise do texto no plenário da Câmara está marcada para começar no próximo dia 19. Lá são necessário 308 votos dos 513 deputados em dois turnos de votação. Depois a reforma ainda vai para o Senado, onde precisa de 49 votos dos 81 senadores. O governo corre contra o tempo para conseguir o apoio que precisa.
“Se não for aprovada agora, pode ser aprovada em novembro, eu acho”, afirmou o senador em café da manhã com jornalistas.
Segundo Eunício, se o texto não for aprovado, será inevitável que continue na pauta do debate nacional, principalmente nas eleições de outubro.
"Se não aprovar reforma agora, não tem como qualquer que seja o candidato fugir da reforma da Previdência. Não é uma catástrofe do ponto de vista da economia de futuro, 5, 6 anos. Aprovando ou não, vai estar (na pauta)”, argumentou Eunício.
O senador disse ainda que a Câmara está tendo muito mais tempo para analisar a reforma do que a Casa que ele preside terá caso o texto seja aprovado ainda em fevereiro. Eunício disse que, por mais veloz que seja, não pode "atropelar o regimento".
“Se a Câmara não votar a reforma, eu estou dizendo se a Câmara não votar, o próximo presidente vai ter condições de fazer uma reforma até com mais profundidade”, completou Eunício.