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TURBULÊNCIA: Corrupção e desemprego são principais problemas do país, diz pesquisa

Brasileiros responderam enquete sobre as dificuldades enfrentadas em 2017. A saúde também está entre as maiores preocupações



As crises de economia e de ética mudaram a percepção dos brasileiros sobre os principais problemas e prioridades na ação do governo federal. Na avaliação da população, o desemprego, a corrupção e a saúde foram as maiores dificuldades enfrentadas em 2017. Para este ano, a melhoria dos serviços de saúde, o aumento do salário mínimo e o controle da inflação são os temas prioritários, informa a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira — Problemas e Prioridades, divulgada nessa terça-feira (6/2) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).


“Os reflexos da crise econômica se fazem sentir nas respostas da população. O desemprego aparece como maior problema pelo segundo ano consecutivo, e as medidas de recuperação de poder de compra ganham espaço entre as principais prioridades para 2018. A população aspira recuperar o poder de compra que tinha antes da crise, o que deve ocorrer apenas com a queda do desemprego e o crescimento sustentado da economia”, afirma o gerente-executivo de Pesquisas e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.


De acordo com o levantamento, o desemprego, com 56% das citações, ficou em primeiro lugar na lista de principais problemas. Em segundo, com 55%, apareceu a corrupção e em terceiro, com 47%, a saúde. Em quarto lugar, com 38% das respostas, a população apontou a segurança pública.


A pesquisa chama a atenção para o aumento da preocupação dos brasileiros com a corrupção. Em 2016, o tema ocupava o terceiro posto da lista de principais problemas, com 40% das citações. Em 2017, recebeu 55% das menções e passou para segundo, superando a saúde. “O segundo problema com maior ganho de citações foi o custo de vida, fator que passou de 7% de citações para 13% em 2017”, observa a CNI. Com isso, foi do 10º lugar em 2016 para o quinto em 2017.


Saúde A preocupação com o custo de vida e a perda do poder de compra também mudou as prioridades apontadas pela população para 2018. A melhoria dos serviços de saúde, com 37% das respostas, permanece em primeiro lugar desde 2014. Mas o aumento do salário mínimo, com 33% das citações, subiu de quarto, no ano passado, para segundo em 2018. Em terceiro, com 32% das menções, aparece o controle da inflação. Em quarto, estão empatadas a geração de empregos e a redução dos impostos, ambas com 30%.


“O destaque dado a essas medidas reflete a alta taxa de desemprego, a percepção de perda de poder de compra da população nos últimos anos e a preocupação em recuperar a capacidade de consumo”, avalia a CNI. Em 2014, o controle da inflação ocupava o nono lugar na lista de prioridades da população. A redução dos impostos estava na oitava posição e a geração de empregos, em sétimo.


A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira — Problemas e Prioridades ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre 7 e 10 de dezembro de 2017. (Com informações da Confederação Nacional da Indústria)

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