Brasil exportava 20 milhões de doses anuais, mas por causa da necessidade de imunização da população local, exportação será de 1 milhão
O mundo está diante do desafio de encontrar soluções rápidas para ampliar de forma segura e eficiente a produção de vacina contra febre amarela.
Com o avanço da circulação do vírus, cresce a necessidade de se imunizar um grupo cada vez maior de pessoas, sobretudo residentes em áreas que tradicionalmente eram consideradas livres de risco da doença.
O vice-presidente da Fiocruz, Marco Krieger, fala sobre a necessidade de aumentar produção da vacina.
— A estimativa é de que, para atender à demanda mundial da próxima década, a produção brasileira precisaria ser dez vezes maior.
Pelos cálculos, o ideal é que em dez anos 1,5 bilhão de pessoas sejam vacinadas. O Brasil é o maior produtor de imunizante. Tradicionalmente, o País exportava até 20 milhões de doses anuais de vacina contra febre amarela.
Com a epidemia registrada no ano passado, a pior da história, com 777 casos confirmados, a exportação foi interrompida. Este ano, foi retomada, mas, diante do avanço da circulação do vírus e da necessidade de se vacinar áreas populosas, e com fracionamento, a exportação será de apenas 1 milhão de doses.
Krieger afirma que nos últimos anos a Fiocruz conseguiu dobrar a capacidade de produção de matéria-prima. Com a expectativa de funcionamento de uma nova fábrica, alugada da Libbs, a estimativa é de que a produção seja duplicada.