O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que ainda não sabe o valor para o corte de despesas; entre as dúvidas que pairam sobre o bloqueio estão os recursos esperados com a privatização da Eletrobrás
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, confirmou nesta terça-feira, 23, que o governo fará um contingenciamento no orçamento de 2018 nos próximos dias, mas disse que ainda não há um valor para o corte. Segundo ele, entre as principais dúvidas que ainda pairam sobre o bloqueio de despesas estão os recursos esperados com a privatização da Eletrobrás.
"Estamos revisando as estimativas de receitas e despesas de 2018 e, a partir desse cálculo, chegaremos ao número do contingenciamento deste ano", disse o ministro, após participar de entrevista à rede estatal de televisão NBR.
De acordo com Oliveira, o reajuste dos servidores precisa ser contabilizado nas despesas enquanto estiver em vigor a decisão liminar do STF que impediu o governo de adiá-lo para 2019. Segundo ele, medidas que não foram votadas no ano passado, como a tributação de fundos exclusivos e a reoneração na folha de pagamentos também devem ser incorporadas na revisão de receitas, reduzindo os recursos disponíveis este ano.
Por outro lado, destacou, as projeções de um crescimento econômico mais robusto em 2018 impactarão de maneira positiva as receitas, bem como o leilão de petróleo que ainda não estava considerado no orçamento deste ano.
"As receitas de R$ 12,2 bilhões com a privatização da Eletrobrás também serão avaliadas. Não temos definição sobre a incorporação dessa receita porque uma liminar retirou a Eletrobrás do Prograna Nacional de Desestatização (PND). Ao mesmo tempo, o envio do projeto de lei sobre a privatização da empresa ao Congresso reforça a posição do governo de sair do controle da companhia", concluiu o ministro.