Helicópteros e operadores de drones deverão consultar o controle de aproximação de voo em Porto Alegre antes da decolagem em helipontos
Um esquema de segurança presidencial. E de presidente de superpotência, desses que trabalham em escritórios ovais e têm arsenais nucleares ao alcance de um botão. Embora o secretário Cezar Schirmer tenha sido cuidadoso ao tratar dos números, oficiais da inteligência da Brigada Militar, a PM do RS, confidenciavam nesta segunda-feira, 22, que há cerca de 4,5 mil agentes mobilizados para atender ao esquema de segurança no Parcão. Boa parte deles envolvida na operação há mais de uma semana.
O polígono de segurança, delimitando um perímetro no parque entre três avenidas e o Rio Guaíba, terá atiradores de precisão, os snipers, distribuídos em edifícios e torres. Oficialmente estarão lá como observadores, equipados com câmeras fotográficas.
Mas os fuzis pesados serão levados para os postos. Um sniper pode atingir seu alvo a até 800 metros de distância.
O efetivo é do mesmo tamanho que o montado para a proteção do presidente Barack Obama, no Rio, em 2016, durante a Olimpíada. Nesta segunda, os agentes de segurança aos quais Lula têm direito pela sua condição de ex-chefe de Estado fizeram uma simulação, a pé e de carro, dos deslocamentos que serão feitos nesta terça-feira, 23, pelo ex-presidente. Estabeleceram o tempo ideal de permanência nos locais e definiram as rotas de escape em caso de crise extrema.
O círculo de restrição aérea será igual ao de Curitiba, em 2017, e vai abranger o espaço sobre a área do polígono a contar do prédio do TRF-4. É uma regra rígida. Helicópteros e operadores de drones deverão consultar o controle de aproximação de voo em Porto Alegre antes da decolagem em helipontos. O esquema já está valendo e vai durar até 7 horas de quinta-feira.