O sistema de aposentadoria dos trabalhadores do setor privado (INSS) fechou 2017 com déficit de R$ 183,9 bilhões, considerando a inflação. Em 2016, o rombo foi de R$ 155 bilhões - o que representou alta de 18,7%. No ano passado, o governo arrecadou R$ 377,6 bilhões com as contribuições previdenciárias e teve um gasto de R$ 561,5 bilhões com pagamento de benefícios.
O tamanho do déficit projetado para o ano era de R$ 185,8 bilhões. Para 2018., o descasamento das contas da Previdência Social está estimado em R$ 192,8 bilhões.
Plano A é aprovar reforma da Previdência, diz Marun rebatendo Maia
Segundo o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, as cifras são recorde.
— As despesas cresceram acima das receitas — destacou Caetano.
Já o regime próprio (dos funcionários públicos federais) registrou déficit de R$ 86,3 bilhões, elevação de 11,9% na comparação com o rombo registrado em 2016. No caso dos militares das Forças Armadas, o descasamento foi de R$ 37,6 bilhões em 2017, crescimento de 10,6% em relação ao valor apresentado no ano anterior, que foi de R$ 34 bilhões.
Considerando os dois regimes, o rombo chegou a R$ 268,7 bi em 2017, em valores nominais. A despesa total com previdência atingiu R$ 700,6 bilhões.
A reforma da Previdência é um dos desafios do presidente Michel Temer em 2018. Na semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que será difícil aprovar a proposta em fevereiro. Ele defendeu que o governo recomponha a base aliada e busque apoio dos governadores. Já em resposta ao pessimismo de Maia, o ministro da secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o “plano do governo é o plano A, de aprovar” a reforma. Ele concorda que a questão deve ser definida em fevereiro.