top of page

EXCLUSIVO: Voos de autoridades em classe executiva terão nova regra

Governo federal prepara decreto para regulamentar compra de passagens aéreas em classe executiva para autoridades em viagem ao exterior



Está em elaboração um novo decreto do governo federal. Desta fez, o Executivo federal quer regularizar a compra de passagens aéreas em classe executiva para autoridades em viagem ao exterior. A informação é do jornal Folha de São Paulo.


Segundo a publicação, o texto prevê a possibilidade de compra de bilhetes em classe executiva para os ocupantes dos cargos de presidente e vice da República; ministros, secretários-executivos e secretários-gerais dos ministérios; comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.


A regra, porém, só se aplica àqueles que tenham 65 anos ou mais e em viagens com duração acima de 8h.


De acordo com a reportagem, o texto aguarda análise da Casa Civil antes de ser publicado no Diário Oficial da União. Mas a expectativa é de que entre em vigor ainda nesta semana.


Divergências A Folha lembra que o decreto fez-se necessário após Temer vetar na Lei do Orçamento 2018 as regras que permitiam gastos com bilhetes em executiva e primeira classe. A versão inicial do Orçamento, por exemplo, permitia que ocupantes de 12 cargos viajassem na modalidade mais confortável.


“Diante do ajuste fiscal para o cumprimento da meta de deficit de R$ 159 bilhões neste ano, Temer seguiu a recomendação do Ministério do Planejamento e vetou a mudança — o que gerou dúvidas sobre qual regra estaria em vigência”, diz a reportagem.


Uma delas, definida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, determina que as viagens a serviço só podem ser realizadas em classe econômica para autoridades e servidores dos três Poderes. Já um decreto de 2015 sobre a matéria, assinado pela ex-presidente Dilma Rousseff, autoriza presidente e vice da República a viajar em primeira classe. Ministros, ocupantes de cargos especiais e comandantes das Forças Armadas, por sua vez, podem comprar tíquetes executivos. Já os demais servidores e autoridades só estão autorizados a viajar em classe econômica.


Outro lado A confusão gerou posições diferentes entre os Poderes. Consultadas pela reportagem, as assessorias de imprensa do Legislativo, do Judiciário e do Executivo deram respostas distintas. O Senado não respondeu. A Câmara afirmou ter cumprido a regra da LDO de 2017, que vedava viagens em classe executiva, sem especificar como faria a partir deste ano.


O Itamaraty e o Supremo Tribunal Federal disseram que os efeitos do veto presidencial seriam estudados quando houvesse demanda por compra de bilhetes.


“Para resolver o problema, Temer prepara o decreto, mas ele só valerá para cargos do Executivo. Reservadamente, lideranças do Congresso afirmaram que as mesmas regras devem ser estendidas ao Poder Legislativo”, encerra o jornal.

bottom of page