Um voo a este planeta possui um risco considerável de exposição à radiação.
Tendo analisado os dados de dosímetros instalados na sonda orbital do programa ExoMars, os cientistas descobriram um perigo mortal que espera aqueles que planejam visitar o Planeta Vermelho.
Os astronautas que explorarem Marte devem perceber que, além de todos os outros riscos já conhecidos, um voo a este planeta possui um risco considerável de exposição à radiação.
Após analisar os dados transmitidos para a Terra pela sonda interplanetária Trace Gas Orbiter (TGO), lançada como parte do programa ExoMars, os pesquisadores descobriram que aqueles que venham a viajar para este planeta receberão 0,66 sieverts de radiação, uma dose aproximadamente igual ao índice letal, informa o portal ScienceDirect.
De acordo com especialistas, os astronautas que vivem a bordo da Estação Espacial Internacional recebem apenas 0,3 sieverts por ano.
"O telescópio de dosimetria Lulin, instalado a bordo da TGO, mostrou que durante o voo a Marte, o corpo humano irá sofrer uma séria radiação ionizante, causada em grande parte por raios cósmicos e não por radiação solar. Isso significa que os astronautas seriam expostos ao perigo, mesmo que o voo fosse feito em um período de baixa atividade solar", asseguram os cientistas.
Assim, como observou a equipe de pesquisadores, a maior parte da radiação, cerca de 95%, é proveniente dos raios cósmicos, enquanto apenas 5% têm origem no Sol.
Isso significa que um cosmonauta que efetuar um voo de um ano a Marte será sujeito a uma radiação igual a 73 Roentgens. Por exemplo, em apenas seis meses de voo, os astronautas receberão cerca de 60% da quantidade de radiação normalmente permitida ao longo de toda a carreira, dizem os pesquisadores.