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TURBULÊNCIA: Gasolina teve alta de mais de 9% em 2017; preço ultrapassa os R$ 5,20


De papo furado de elevador às filosofias de bar, o aumento do valor da gasolina foi assunto certo durante o ano de 2017. Não sem razão: entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, o preço médio do combustível teve um aumento de 9,40% no Brasil, deixando a casa dos R$ 3,70, para superar os R$ 4.


Em alguns estados, a taxa foi ainda maior. O Distrito Federal é o campeão em aumento de alta, com uma diferença de 15,5% de um ano para outro: lá, o litro saltou de R$ 3,62 para R$ 4,18. Em segundo lugar, vem o estado do Acre, cujos preços avançaram 14,90%. Mais que isso, o estado nortenho contabiliza ainda o primeiro lugar em termos absolutos de preço máximo, com seu litro superando a barreira R$ 5,20.


A mudança se deu devido à nova política de ajuste de preço da Petrobras. Desde julho do ano passado, a petroleira optou por realizar ajustes mais frequentes nos preços da gasolina, para acompanhar a variação do preço do petróleo no mercado externo. Com isso, o brasileiro arcou com diversos reajustes até mesmo diários.


No Rio de Janeiro, a diferença de 12,93% nos preços fizeram o estado ocupar a quinta posição do ranking, puxado principalmente por Volta Redonda e Valença – onde o litro custa nada menos que R$ 4,77. Com uma média de R$ 4,49 por litro, o estado possui ainda a marca de segunda gasolina mais cara do país, em termos absolutos, perdendo somente para o Acre.


Isso porque, além da nova política de reajustes, o governo federal anunciou, também em julho do ano passado, um aumento das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis — que afetou principalmente o carioca. Com a medida, mais da metade do valor pago pelo litro da gasolina no Estado do Rio de Janeiro passou a ser de impostos.


Segundo cálculos feitos a pedido do GLOBO por um especialista da área de distribuição de combustíveis, somados os 15,9% dos impostos federais (PIS, Cofins e Cide), com 35,1% de ICMS, a carga de impostos totais nos preços da gasolina chega a 51%. Antes do aumento, o total da carga tributária na gasolina no Rio, que tem o IMCS mais elevado do país, era de 45,2%.

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