Advogados de políticos na mira da Lava Jato querem acelerar o julgamento de seus clientes na Segunda Turma do STF. Criminalistas avaliam que, a partir de setembro, com a saída do ministro Dias Toffoli do colegiado e a entrada no lugar dele da ministra Cármen Lúcia, aumentam os riscos de condenação de investigados. Toffoli é considerado um ministro com posição mais favorável aos réus, enquanto Cármen é tida como mais dura e sensível à opinião pública nos casos de corrupção, posição mais alinhada com o relator da Lava Jato, Edson Fachin.
7 a 1. Ao longo deste ano, Fachin sofreu sucessivas derrotas na Segunda Turma do Supremo, que tem Gilmar Mendes, Toffoli e Ricardo Lewandowski mais afinados nas críticas à Lava Jato. O isolamento é quebrado, eventualmente, com o voto de Celso de Mello.
Indignação. Ao recorrer ao Supremo para contestar o indulto de Natal concedido pelo presidente Michel Temer, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, mencionou 15 vezes a palavra “impunidade” e sete vezes “corrupção”. A ação da PGR foi revelada pela Coluna do Estadão.
Vai tarde. O pedido de demissão do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, não causou reações no Planalto. Ele era considerado pouco atuante e, dizem, não deixará saudades. A troca na pasta do Trabalho foi antecipada pela Coluna do Estadão.
Próxima pergunta. Indagado se vai se empenhar na aprovação da reforma da Previdência, o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), que assume na próxima quinta-feira o Ministério do Trabalho, desconversa: “Vamos deixar pra lá….”
Me tira dessa. O ministro Henrique Meirelles tem reafirmado que não foi uma decisão pessoal vetar ajuda financeira ao RN, governado por seu colega de partido, Robson Faria. Pré-candidato ao Planalto, não quer problemas com o PSD.
Pode não. A negativa da equipe econômica veio após o Ministério Público junto ao TCU enviar recomendação para sustar a transação, que poderia ser enquadrada como crime de responsabilidade.
Para depois. A duplicação da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, vai ficar no papel até que o Brasil tenha condições de retomar a obra. O Paraguai propõe construir outra menor e mais barata. O governo brasileiro avalia.
Tem pra hoje. Sobre a decisão do STF de soltar Henrique Pizzolato, o procurador Vladmir Aras, que atuou pela extradição dele ao Brasil, resigna-se. “Considerando os remanescentes do mensalão, até que ele cumpriu muito da pena.”
CLICK. Ronaldo Nogueira, que deixa o Ministério do Trabalho dizendo que irá se dedicar à campanha de deputado, recebe bênção de pastor, que pede por sua reeleição.
SINAIS PARTICULARES: Dias Toffoli e Cármen Lúcia, ministros do Supremo; por Kleber Sales
Advogados de políticos na mira da Lava Jato querem acelerar o julgamento de seus clientes na Segunda Turma do STF. Criminalistas avaliam que, a partir de setembro, com a saída do ministro Dias Toffoli do colegiado e a entrada no lugar dele da ministra Cármen Lúcia, aumentam os riscos de condenação de investigados. Toffoli é considerado um ministro com posição mais favorável aos réus, enquanto Cármen é tida como mais dura e sensível à opinião pública nos casos de corrupção, posição mais alinhada com o relator da Lava Jato, Edson Fachin.
7 a 1. Ao longo deste ano, Fachin sofreu sucessivas derrotas na Segunda Turma do Supremo, que tem Gilmar Mendes, Toffoli e Ricardo Lewandowski mais afinados nas críticas à Lava Jato. O isolamento é quebrado, eventualmente, com o voto de Celso de Mello.
Passando o bastão. Toffoli deixa a Segunda Turma em setembro, quando assume a presidência do Supremo no lugar de Cármen Lúcia.
Indignação. Ao recorrer ao Supremo para contestar o indulto de Natal concedido pelo presidente Michel Temer, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, mencionou 15 vezes a palavra “impunidade” e sete vezes “corrupção”. A ação da PGR foi revelada pela Coluna do Estadão.
Vai tarde. O pedido de demissão do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, não causou reações no Planalto. Ele era considerado pouco atuante e, dizem, não deixará saudades. A troca na pasta do Trabalho foi antecipada pela Coluna do Estadão.
Próxima pergunta. Indagado se vai se empenhar na aprovação da reforma da Previdência, o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), que assume na próxima quinta-feira o Ministério do Trabalho, desconversa: “Vamos deixar pra lá….”
Me tira dessa. O ministro Henrique Meirelles tem reafirmado que não foi uma decisão pessoal vetar ajuda financeira ao RN, governado por seu colega de partido, Robson Faria. Pré-candidato ao Planalto, não quer problemas com o PSD.
Pode não. A negativa da equipe econômica veio após o Ministério Público junto ao TCU enviar recomendação para sustar a transação, que poderia ser enquadrada como crime de responsabilidade.
Para depois. A duplicação da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, vai ficar no papel até que o Brasil tenha condições de retomar a obra. O Paraguai propõe construir outra menor e mais barata. O governo brasileiro avalia.
Tem pra hoje. Sobre a decisão do STF de soltar Henrique Pizzolato, o procurador Vladmir Aras, que atuou pela extradição dele ao Brasil, resigna-se. “Considerando os remanescentes do mensalão, até que ele cumpriu muito da pena.”
CLICK. Ronaldo Nogueira, que deixa o Ministério do Trabalho dizendo que irá se dedicar à campanha de deputado, recebe bênção de pastor, que pede por sua reeleição.
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Sem freios. Num dos últimos discursos que fez na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) se definiu como “um homem polêmico”, que “fala o que pensa” e tem “orgulho disso”. Para arrematar: “Eu falo na cara”.
Apoio. Preso desde o dia 20, Maluf fez a observação ao defender Michel Temer das denúncias da PGR. O deputado teve neste ano pelo menos seis audiências no Planalto com o presidente, de quem afirmou ser amigo “há 30 anos”.
“Uma agenda patriótica que inclua responsabilidade fiscal, prioridade para educação, choque de livre-iniciativa e proteção social para quem de fato precisa”, DO MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO, especial para a Coluna do Estadão.