O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse na noite desta quarta-feira (13) que haverá amanhã uma nova avaliação com o presidente da República, Michel Temer, e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira, sobre as condições para votar em Plenário, na próxima semana, a reforma da Previdência (PEC 287/16). “Vamos trabalhar para tentar votar na semana que vem”, afirmou, reiterando declarações que havia dado pela manhã.
Rodrigo Maia negou que tenha participado de acordo para adiar a votação para fevereiro, conforme havia anunciado mais cedo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). “Talvez ele tenha entendido errado”, disse. Em nota, o Palácio do Planalto também negou que tenha havido decisão pelo adiamento.
Em São Paulo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, seguiu no mesmo tom. “A opinião dada pelo senador é respeitável, ele é um líder, de fato, de muita experiência e de muito bom senso. Deu a opinião, mas evidentemente não está na Câmara. É uma opinião válida que será levada em conta, mas não há essa decisão no momento”, afirmou.
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Já o relator na comissão especial que analisou a reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), anunciou que amanhã, no Plenário, vai começar a leitura da nova versão da proposta. “Os senadores falarão a seu tempo, quando a PEC estiver no âmbito do Senado. Enquanto estiver na Câmara, quem faz a pauta é o presidente Rodrigo Maia”, disse.
No Plenário, parlamentares da oposição chegaram a comemorar o anúncio feito por Jucá. “Sempre trabalhamos para não permitir a votação neste semestre e temos segurança de que o governo não tem os votos”, disse o líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). Segundo ele, mesmo se ficar para fevereiro, a mobilização contra a reforma da Previdência não vai parar.