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TURBULÊNCIA: BNDES deve se desfazer da JBS, afirma Paulo Rabello

Presidente diz que instituição vai vender 10% de participações em grandes grupos para investir em pequenas e médias empresas




O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve se desfazer de, pelo menos, 10% das participações que possui em grandes grupos privados. O dinheiro será usado para comprar novas posições, em renda fixa ou variável, em pequenas e médias empresas que têm foco em inovação. O presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, estimou em R$ 60 bilhões o total de participações em grandes empresas. Ressaltou, porém, que o valor varia de acordo com o preço diário das ações.


Segundo o executivo, a transferência do dinheiro das empresas de maior para as de menor porte com viés tecnológico condiz com a atual estratégia do banco. A mudança será gradual, começando com pelo menos 10%, mas podendo alcançar o total das participações. "O céu é o limite", afirmou, após evento promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre os grandes grupos privados dos quais o banco deve sair está o frigorífico JBS, citado nas delações da operação Lava Jato.


Como exemplo do modelo de venda, Rabello falou sobre o programa de desinvestimentos da Petrobrás. "Só não gosto do nome porque esse é um banco de investimento", brincou. Mas, assim como a estatal do petróleo, ainda vai submeter o projeto de venda dos ativos ao Tribunal de Contas da União (TCU).


Só depois lançará as propostas ao mercado, o que deve acontecer no primeiro semestre do ano que vem. A intenção é se desfazer de uma só vez de um bloco de ações. "Pode ser a venda de (uma participação em) uma companhia de uma vez só, mediante leilão", disse Rabello, destacando, no entanto, que o modelo de venda ainda não está definido.


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