Caso envolve represamento de preços de combustíveis no governo Dilma
O MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro abriu ação civil pública contra sete pessoas que integraram o Conselho de Administração da Petrobras no governo Dilma. Eles são acusados de causar prejuízos à companhia ao represar aumentos dos combustíveis para manter o controle da inflação, algo necessário para a petista entre 2013 e 2014.
Os denunciados são o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, a ex-presidente da Petrobras Graça Foster, o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, o ex-ministro de Minas e Energia Márcio Zimmermann e os ex-conselheiros da companhia Francisco Roberto de Albuquerque e José Maria Ferreira Rangel.
Os procuradores sustentam que os indicados pelo governo ao conselho “deliberaram em diversas oportunidades, entre o final de 2013 e outubro de 2014, por manter uma política de retenção de preços dos combustíveis e a defasagem em relação ao mercado internacional, sem apresentarem qualquer fundamento relacionado ao interesse da companhia”.
A Procuradoria ainda observa que o aumento da gasolina e do diesel só veio após as eleições de 2014, quando Dilma foi reeleita.
Por se tratar de uma ação civil, não cabe condenação criminal nesse processo. O MPF pede que a União indenize a Petrobras pelos prejuízos causados à companhia em virtude do represamento dos reajustes.
A reportagem ainda não conseguiu contato com as defesas dos citados pelo MPF.