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GRAVE: Trabalho do Congresso é reprovado por 60% da população, diz Datafolha

Percentual é o mais alto desde 1993, quando a pesquisa começou a ser realizada. Apenas 5% aprovam o trabalho dos parlamentares



Pesquisa do Datafolha aponta que a rejeição dos brasileiros ao Congresso Nacional atingiu o pior índice desde 1993, quando teve início a série de levantamentos do instituto. O desempenho dos 513 deputados federais e 81 senadores é considerado ruim ou péssimo por 60% dos entrevistados, e apenas 5% aprovam o trabalho dos parlamentares.


Divulgada nesta quarta-feira (6/12) pelo jornal Folha de S. Paulo, a pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de novembro, pouco mais de um mês após votação na Câmara que barrou a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.


Os números oscilaram dois pontos percentuais em relação à reprovação apontada nos dois últimos levantamentos do Datafolha, em dezembro de 2016 e abril de 2017 – 58% de rejeição e 7% de aprovação –, no limite da margem de erro.


O resultado da pesquisa está mais próximo do registrado em 1993, último ano da hiperinflação e data do estouro do escândalo dos Anões do Orçamento, grupo de congressistas acusados de desviar recursos públicos. No segundo semestre daquele ano, 56% da população rejeitavam o trabalho dos parlamentares, de acordo com o Datafolha.


A única vez em que o instituto apontou avaliação positiva, nos últimos 25 anos. foi em dezembro de 2003, quando começou a primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto (2003-2010).


A pesquisa do Datafolha, realizada com 2.765 entrevistados, mostra que a reprovação aos parlamentares federais atinge números ainda maiores em alguns segmentos: os mais ricos (74%), aqueles com ensino superior (75%), os eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (68%) e os que reprovam a gestão de Michel Temer (69%).


Uma avaliação um pouco menos negativa do trabalho no Congresso é observada entre aqueles com ensino fundamental (52%), os de religião evangélica pentecostal (51%) e os que têm o PMDB como partido de preferência (42%) ou avaliam positivamente o governo Temer (37%).

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