Pesquisa do IBGE também mostra que em todas as regiões do país rendimento médio dos homens é maior que o das mulheres
Homens e brancos têm salários maiores, em média, que mulheres e pessoas pretas e pardas. Essas duas desigualdades históricas, entre sexo e raça, foram reforçadas pelos dados divulgados pela Pnad Contínua na manhã desta quarta-feira. Em 2016, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos foi de R$ 2.380 pra os homens, enquanto o das mulheres ficou em R$ 1.836 - valor 23% inferior ao do homem. Com relação a cor, os rendimentos médios mensais do trabalho de brancos (R$ 2.810) eram 84% superiores aos dos pardos (R$ 1.524) e 82% maior que dos pretos (R$ 1.547).
Em todas as regiões do país o rendimento médio dos homens é maior que o das mulheres. Norte e Nordeste, no entanto, são menos desiguais, ainda que homens (R$ 1.567) e mulheres (R$ 1.427) recebam bem abaixo da média geral para todos os trabalhadores do país (R$ 2.149). Por outro lado, o Sudeste, que registrou as maiores médias para mulheres (R$ 2.078) e homens (R$ 2.897), foi também a região onde a diferença é maior, de 40%.
A pesquisa também mostra que, quanto maior o nível de instrução, maior o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos. As pessoas que não possuíam instrução ou tinham menos de 1 ano de estudo, apresentaram o menor rendimento médio (R$ 884). Por outro lado, o rendimento das pessoas com ensino fundamental completo ou equivalente, foi 57,8% maior, chegando a R$ 1.395. Quem tem ensino superior completo tem rendimento médio aproximadamente 3 vezes maior que o daqueles que tinham somente o ensino médio completo e quase 6 vezes o daqueles sem instrução.