Após pagamento de fiança de 10 salários mínimos, Job recebeu uma tornozeleira e estava em prisão domiciliar
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão domiciliar do ex-assessor do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Brandão. Homem de confiança da família Vieira Lima, Brandão foi preso no dia 16 de outubro, mesma data em que o gabinete de Lúcio foi alvo de busca e apreensão. Após pagamento de fiança correspondente a 10 salários mínimos, Job recebeu uma tornozeleira eletrônica e permaneceu em prisão domiciliar.
Na última semana, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, havia se posicionado favoravelmente à revogação da prisão do ex-assessor. O ministro Fachin concordou com os argumentos de Dodge e da defesa de Brandão para soltá-lo.
“No curso das apurações, o ora peticionante, além de ter depositado a fiança no patamar reajustado, admitiu o seu envolvimento nos fatos aqui versados e colaborou espontaneamente com a atividade persecutória, descortinando possíveis linhas investigativas”, apontou Fachin em seu despacho.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta segunda (27) que o advogado Marcelo Ferreira, que representa Job, entregou ao STF cópias dos extratos de sua conta bancária que, segundo ele, confirmam a devolução de cerca de 80% do seu salário para a família Vieira Lima. Na petição, Job Brandão anexou extratos da movimentação financeira de sua conta no período entre janeiro de 2012 e novembro de 2017
Antes, na terça (14/11), o assessor prestou depoimento à Polícia Federal, em Salvador, e confirmou ter retirado valores na Odebrecht a pedido do ex-ministro Geddel Vieira Lima e, também conforme orientação do político, teria destruído documentos. O ex-assessor afirmou ainda que os valores em espécie angariados pelo ex-ministro eram guardados no closet do quarto de sua mãe, Marluce Quadros Vieira Lima.
Em entrevista ao Estado, o advogado de Job afirmou que seu cliente era contratado para a Câmara dos Deputados, mas que “efetivamente trabalhava na casa da mãe do clã, exercendo atividades essencialmente domésticas, totalmente estranhas ao interesse público”.
Histórico Job Brandão virou alvo da Operação Tesouro Perdido no momento em que a PF identificou suas digitais em parte dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador, a 1,2km da residência de Geddel Vieira Lima.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão domiciliar do ex-assessor do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Brandão. Homem de confiança da família Vieira Lima, Brandão foi preso no dia 16 de outubro, mesma data em que o gabinete de Lúcio foi alvo de busca e apreensão. Após pagamento de fiança correspondente a 10 salários mínimos, Job recebeu uma tornozeleira eletrônica e permaneceu em prisão domiciliar.
Na última semana, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, havia se posicionado favoravelmente à revogação da prisão do ex-assessor. O ministro Fachin concordou com os argumentos de Dodge e da defesa de Brandão para soltá-lo.