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BOMBA DO DIA: Apontado como chefe de quadrilha, Confúcio ressurge no segundo mandato

Prestes a sair em uma disputa ao Senado, Confúcio terá muito a explicar em uma possível corrida eleitoral.



À frente de um dos estados mais promissores da república brasileira, o governador rondoniense Confúcio Moura (PMDB) vem gozando de um prestigio oriundo do sucesso econômico que Rondônia vem apresentando ano após ano. Nesta última terça-feira (7), os servidores estaduais foram informados que a saúde financeira do estado vai bem e que o pagamento do 13º salário sairá antes do previsto.


É claro que com quase sete anos sentado na cadeira de chefe maior do poder executivo estadual, Confúcio Moura nem sempre usufruiu de tamanha popularidade ou tranquilidade no desempenho de suas funções como gestor, pelo contrário, em seu mandato inicial Confúcio operou um governo turbulento, repleto de vaidades políticas e esquemas de corrupção amplamente combatidos em operações deflagradas pelo Ministério Público Estadual – MP/RO e Polícia Federal.


O limite dos escândalos chegou quando o inquérito de numero 784/DF, tramitado pelo MP/RO e PF, concluiu que o governador de Rondônia exercia controle sobre uma organização criminosa que utilizou empresários e licitações públicas para acumularem dinheiro para a campanha eleitoral de 2014.


Segundo as investigações das autoridades fiscalizatórias, seis pessoas sob ordem direta de Confúcio, coagiram mais de 76 empresários para superfaturamento e desvio de finalidade de dinheiro público em contratos fraudulentos que contavam com o apoio de aproximadamente 80 servidores do estado.


Na época, o cunhado de Confúcio, Francisco de Assis Oliveira, foi preso, apontado pela justiça como o intermediador dos esquemas que favoreciam ilicitamente Confúcio e seu grupo político. O fato é que em 2014 Confúcio veio com força, muito investimento, uma grande estrutura de formiguinhas e convenções que reuniam milhares de pessoas.




A maior prova de que a imagem de Confúcio era totalmente contrária à atual, foi a sua sofrida vitória em segundo turno contra o tucano Expedito Júnior, isso em uma campanha política recheada de baixaria e ataque para todos os lados, se não fosse o péssimo histórico de Expedito, que foi expurgado da cadeira de senador, Moura não levaria o segundo mandato.


Com a vitória garantida e aguardando o início do ano para sua segunda posse, no dia 20 de novembro de 2014, por volta das 06h, o governador de Rondônia recebeu uma visita em seu condomínio de alto padrão, era a Polícia Federal, nas mãos dos agentes um mandado de condução coercitiva, Confúcio Moura foi obrigado a ir escoltado até a Superintendência da Polícia Federal em Porto Velho para depor sobre o caso.


Com as autoridades federais Confúcio passou mais de sete horas, o que foi conversado naquela mesa ainda não foi totalmente revelado, mas Confúcio retornou mudado. Logo no início de 2015, passou a reformular seus contratos, mudou seu primeiro escalão e tornou o sistema de licitações públicas no estado em uma referencia nacional de transparência, tudo sob o vigilante olho da PF e MP/RO.


Prestes a sair em uma disputa ao Senado, Confúcio está confiante na imagem construída nos últimos três anos como governador, porém, terá muito a explicar em uma possível corrida eleitoral, já que os eleitores rondonienses vem mostrando impaciência com políticos envolvidos em esquemas de corrupção, um exemplo foi o despencamento de popularidade do senador Valdir Raupp, correligionário de Confúcio que vem sendo apontado como chefe de quadrilha pela Procuradoria Geral da República.


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