Uma quantidade ainda não apurada de alunos podem ter adquirido diploma falso de curso graduação e/ou pós-graduação em pelo menos 14 localidades de Rondônia e em mais três outras. Pelo menos mais 1,3 mil podem ainda estar estudante em cursos de instituições não autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC). A organização criminosa que comandava o esquema de atrair o maior número e obter vantagem financeira está sendo desarticulada pela Operação Apate, deflagrada pelo Ministério Público e Polícia Civil nesta terça-feira (7).
De acordo com o MP, a base da operação concentra-se na região de Guajará-Mirim. O órgão descobriu o esquema por meio da investigação conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim. Ainda conforme o MP, o grupo dava a falsa impressão regularidade aos cursos ofertados para obter vantagem financeira e patrimonial. O esquema consistia, basicamente, na oferta de cursos de graduação e pós-graduação que, quando concluídos, davam aos alunos diplomas ideologicamente falsos, adquiridos ilegalmente de diversas instituições de ensino sediadas em variados estados da federação. Estão sendo cumpridos simultaneamente, 33 mandados de busca e apreensão, 23 conduções coercitivas, em 14 localidades espalhadas pelo Estado de Rondônia. A Justiça ainda decretou a indisponibilidade de bens, obrigação de entrega de passaportes e proibição de se ausentarem do país dos investigados na ação. Os integrantes da associação criminosa pode responder por crimes de estelionato, crimes de falsidade ideológica, crimes contra as relações de consumo e, até mesmo, possível prática de lavagem de dinheiro .