A pneumonia matou mais de dois milhões de crianças no mundo em 2004, mas um estudo da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, indica que há esperança.
A nova vacina pode ser um novo travão para a doença, baixando o número de mortes e visando dezenas de derivações adicionais, antecipando futuras versões da bactéria responsável pela doença, que inclui a sépsis e a meningite, refere o estudo, publicado hoje na revista especializada Science Advances.
Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que em 2015, o número de mortes de crianças baixou para menos de um milhão.
Mais acesso a antibióticos e uma melhor alimentação contribuíram para reduzir a doença. Mas os cientistas dizem que é especialmente devido às vacinas introduzidas no início dos anos 2000 que atingiram 23 das formas mais mortais da bactéria que causa pneumonia, a 'Streptococcus pneumoniae'.
A vacina agora anunciada provocou uma resposta imune a 72 formas de 'S. pneumoniae' - incluindo as 23 mencionadas anteriormente - em testes de laboratório com animais, de acordo com o trabalho publicado hoje na Science Advances.
O estudo é "o mais abrangente", até hoje, sobre a doença, dizem os investigadores.
"Fizemos um tremendo progresso a combater a propagação da pneumonia, especialmente entre as crianças. Mas se queremos erradicar a doença, temos de criar vacinas mais inteligentes e económicas", afirmou Blaine Pfeifer, professor associado de biologia química e biológica na Faculdade de Engenharia e Ciências Aplicadas daquela universidade e coautor do estudo.
De acordo com os resultados do estudo, a nova vacina fornece uma forte imunidade (comparativamente à existente Prevnar) e está preparada para facilitar a adição de açúcares para uma mais ampla cobertura.