Documentos mostram que Fernando Collor tentou escapar de processo de maneira bizarra: devolvendo parte do dinheiro desviado no petrolão
O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) quadruplicou sua fortuna em oito anos de mandato, que subiu de 4,8 milhões de reais para 20,3 milhões de reais, entre 2006 e 2014. Os investigadores da Lava-Jato identificaram que o enriquecimento veloz do senador se deu ao mesmo tempo em que a Petrobras era dilapidada por uma organização criminosa formada por políticos e empresários. Collor é réu no Supremo Tribunal Federal por ter embolsado 29 milhões de reais. A influência de Collor estava na BR Distribuidora, onde nomeou a diretoria. Collor encontrou uma maneira inusitada para tentar escapar do processo. Ele enviou carta à gerente de sua agência bancária em Brasília pedindo o estorno dos depósitos feitos em sua conta corrente pelo doleiro Alberto Youssef. VEJA teve acesso à cópia da carta e de uma tabela que a Polícia Federal encontrou na residência de Collor. Lá, estão registrados projetos da UTC, com cifras ao lado. Collor é acusado de receber entre 15 e 20 milhões da reais em propina para privilegiar a UTC nos contratos com a BR Distribuidora. A reportagem completa está publicada em VEJA dessa semana.