Grupo de gerentes da Petrobras é suspeito de favorecer a empreiteira
A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (20) dez mandados judiciais, no Rio de Janeiro (RJ) e em Recife (PE), em mais uma ação de investigação sobre corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Petrobras com a Odebrecht.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a partir de informações encontradas no setor de operações estruturadas da empreiteira, o chamado "departamento da propina".
São quatro mandados de busca e apreensão, um mandado de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária, além de três intimações com a imposição de medidas cautelares.
Em comunicado, a PF afirma existir "indícios concretos" de que um grupo de gerentes da Petrobras se uniu para favorecer a empreiteira em contratações com a estatal. As propinas teriam sido pagas por meio de empresas no exterior.
Segundo a PF, os investigados são acusados pelos crimes de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.
Um dos alvos de mandado de prisão é o ex-gerente executivo da área Internacional da Petrobras Luis Carlos Moreira.
A Justiça Federal em Curitiba também expediu mandado de prisão preventiva de um réu que já está preso. Ambos serão conduzidos à Superintendência da PF em Curitiba.
Os mandados:
Rio de Janeiro (RJ): 3 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de condução coercitiva, 1 mandado de prisão temporária, 3 intimações de medidas alternativas, 1 mandado de prisão preventiva (ação penal);
Recife (PE): 1 mandado de busca e apreensão.