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TA NA TELA: Caso Aécio está parado no Conselho de Ética

Presidente do colegiado enviou representação do PT para Advocacia do Senado, prática não prevista



Uma manobra do presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), tem adiado a única possibilidade que restou de Aécio Neves (PSDB-MG) ser punido pelos senadores, que ontem lhe devolveram o mandato e o direito de sair à noite. O peemedebista enviou para análise da Advocacia-Geral do Senado a representação do PT que pede abertura de processo contra o tucano por quebra de decoro parlamentar. A prática não está prevista no regimento da Casa. A decisão sobre abrir ou não o processo cabe apenas ao titular do conselho. A consequência é que, 21 dias depois, não há posição de João Alberto sobre o caso.


Mais tempo. João Alberto já avisou aos advogados do Senado que não aceita receber o documento eletronicamente. Sua ordem é que o parecer deve ser impresso para ser enviado ao seu gabinete apenas quando ele autorizar a medida.



Jeitinho. Aliados do senador João Alberto dizem que, com isso, ele ganha tempo para resolver o caso de Aécio politicamente. Se o processo for aberto no conselho, o tucano pode até perder o mandato. O tucano é acusado pelo Supremo de corrupção, o que ele nega.


Com a palavra. João Alberto diz que pediu a opinião da advocacia do Senado para “buscar segurança sobre o problema”. Os técnicos opinam apenas sobre se a representação foi preenchida corretamente.


Deu certo. Tucanos entraram em cena para convencer os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet a devolver o mandato a Aécio Neves. Ambos estavam preocupados com o desgaste político, mas cederam e ajudaram a salvar o colega.


Queimou. Antes da votação que salvou Aécio Neves ontem, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, telefonou para a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, e brincou: “A batata quente agora está comigo”.

Jeitoso. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, também conversou com Eunício Oliveira antes de decidir que a votação do caso Aécio deveria ser aberta. Evitou assim uma nova crise institucional.


Sempre ele. O deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) atuou como bombeiro para ajudar a apagar a crise entre os presidentes Michel Temer e Rodrigo Maia. Em 15 horas, jantou com Maia e almoçou com Temer.


Cadê? A PF ainda não recebeu do Supremo os documentos do inquérito que apura se houve irregularidade em um decreto da área portuária que beneficiou a empresa Rodrimar, assinado em 2017.


Parou. O ministro Luís Roberto Barroso determinou à autoridade policial que ouça o presidente. Sem os dados, as perguntas ainda não começaram a ser elaboradas. A decisão do ministro é de 5 de outubro. A Coluna não conseguiu contato com Barroso ontem.


CLICK. O prefeito João Doria conseguiu do ministro Mendonça Filho (Educação) R$ 162 milhões para construção de 22 creches e três novos CEUs em São Paulo.


Em ação. Ex-assessor especial de Temer, Sandro Mabel almoça com João Doria na quinta-feira, em Goiânia, onde o prefeito vai receber o título de cidadão goiano. Mabel deixou o governo depois de ser citado na delação da Odebrecht. Ele nega que tenha saído por isso.


Já volto. O ministro Raul Jungmann vai pedir exoneração nos próximos dias e voltar à Câmara para apresentar emendas ao Orçamento. Cumprida a tarefa, retorna ao comando do ministério da Defesa.

Pronto, Falei!

“O Senado decidiu que no Brasil tem dois tipos de cidadãos: os que cumprem a lei e os parlamentares, blindados por suas Casas”, DO SENADOR RANDOLFE RODRIGUES (REDE-AP) sobre o caso Aécio.

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