Colegas temem que a nova procuradora-geral da República não se posicione ativamente em defesa dos interesses do MPF.
Há menos de dois meses no cargo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, parece estar agradando os colegas do Ministério Público Federal (MPF). Na percepção de procuradores, a atuação de Dodge é mais discreta que a do seu antecessor, Rodrigo Janot. Ao mesmo tempo, ela se mostra ainda mais severa com assuntos relacionados à corrupção.
Como divulgado pelo "Valor" nesta segunda-feira (9), servidores acreditam que, por ser mais reservada, ela deixe de se posicionar ativamente em defesa dos interesses do MPF. Neste quesito, alguns colegas compararam a atuação de Dodge com a da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e a apelidaram de "Cármen Lúcia da PGR".
Raquel Dodge assumiu o cargo de procuradora-geral da República no dia 18 de setembro deste ano, se tornando a primeira mulher a ocupar esta posição. O mandato de Dodge é de dois anos.