Senador alega que recurso foi repassado à coligação pelo PMDB, mas dinheiro aparece em seu nome
O senador rondoniense Acir Gurgacz (PDT) integra um grupo de 12 parlamentares que recebeu recursos de doação de campanha nas eleições de 2014 do grupo J&F, controlador da JBS alvo de inúmeras denúncias de corrupção, pagamento de propina e outras irregularidades que estão sendo investigadas pelo Ministério Público e agora por uma CPMI no Congresso.
Gurgacz aparece como beneficiário da segunda maior quantia, R$ 833.000, de acordo com informações do site do TSE, que ele contesta, alegando que o repasse foi feito pelo PMDB à coligação.
Na prestação de contas o PMDB aparece como doador dos recursos, mas a transferência foi feita para a campanha de Gurgacz, que nunca devolveu ou questionou os valores substanciais, que representaram quase 1/4 do custo total da campanha, que foi de pouco mais de R$ 4 milhões.
Dos 12 congressistas que receberam doações oficiais da JBS, apenas os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Rocha (PT-PA) não integram o grupo.
No total, a JBS, empresa do grupo J&F, doou mais de R$ 106 milhões para candidatos a deputado, senador, governador e presidente da República em 2014.
Entre titulares e suplentes, a empresa doou mais de R$ 3,6 milhões para deputados e senadores de partidos governistas, como o PR e o PMDB, e de oposição, como o PT e o PDT.
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