Em 2017, o número de mortes por febre de chikungunya é maior do que o número de mortes por dengue no Brasil na última parcial divulgada pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, sobre essas doenças.
Até a 33ª semana epidemiológica, encerrada em 19 de agosto, foram confirmados laboratorialmente 86 óbitos por chikungunya –o maior número em abril (25) e maio (29). Outras 168 mortes estão em investigação e podem ser atribuídas à doença ou não. Em relação à dengue, foram confirmados no mesmo período 83 óbitos –222 estão em investigação e podem ser confirmados ou descartados.
A dengue segue à frente em número de casos: foram registrados 214.990 casos prováveis em 2017, ante 167.813 de chikungunya.
Embora neste ano não haja epidemia de dengue no país como ocorreu em 2016, o que contribui para a redução da quantidade de óbitos, o número de mortes por chikungunya chama a atenção dos especialistas, pois a febre chikungunya até então não era tida como uma doença mortal –as consequências da enfermidade ainda estão em estudo pela ciência.
Os dados do boletim epidemiológico são provisórios, mas ajudam os gestores da saúde nas tomadas de decisões e na orientação da política pública da área.
A febre de chikungunya, a dengue e também a febre pelo vírus Zika são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti.