'O que nós falamos não é verdade', dizem executivos da J&F em nota
Os presidente e dono da holding J&F, Joesley Batista, e Ricardo Saud emitiram uma nota oficial nesta terça-feira (5) para dizer que tudo o que falaram nos áudios obtidos pela PGR (Procuradoria-Geral da República) não é verdade. Nas gravações, Joesley sugere "dissolver" o Supremo e debocha da possibilidade de ser preso.
No comunicado oficial, disseram não ter "conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades". Em seguida, dizem: "o que nós falamos não é verdade".
Na sequência, os dois pedem "sinceras desculpas para este ato desrespeitoso e vergonhoso" e demonstram o "mais profundo respeito aos ministros e ministras do Supremo Tribuinal Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do Ministério Público".
Mais cedo, o ministro Edson Fachin levantou o sigilo sobre os áudios entre os executivos da JBS, enviados à PGR (Procuradoria-Geral da República), que podem levar à revisão da delação premiada do Joesley Batista.
Leia nota na íntegra:
"A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por meio de áudio por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de colaboração, esclarecemos que as referências feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e aos Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do Ministério Público.
Joesley Batista e Ricardo Saud"
