Inflação oficial acumulou 2,46% nos últimos 12 meses
A inflação oficial dos últimos 12 meses (setembro de 2016 a agosto de 2017) foi de 2,46%, inferior aos 2,71% registrados nos 12 meses anteriores. Essa é a menor inflação anual desde a implantação do Plano Real, em 1994, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (6).
O IPCA ((Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador que mede a inflação oficial, marcou 0,19% em agosto, após variação de 0,24% em julho. Foi o menor índice para os meses de agosto desde 2010, segundo o IBGE. No ano passado, o índice havia registrado variação de 0,44%.
No ano, a taxa acumulada da inflação foi de 1,62%.
Comer em casa fica mais barato
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, alimentação e bebidas (-1,07%) e comunicação (-0,56%) foram os únicos que registraram queda na média dos preços.
Pelo quarto mês consecutivo, o grupo dos alimentos teve queda (-1,07%) por causa da safra recorde. Os alimentos para consumo em casa recuaram 1,84%, após a queda de 0,81% de julho. Os destaques foram: feijão-carioca (-14,86%), tomate (-13,85%), açúcar cristal (-5,90%), leite longa vida (-4,26%), frutas (-2,57%) e carnes (-1,75%). Todas as regiões pesquisadas registraram queda em agosto: de -2,75% em Goiânia até -1,16% em Fortaleza.
Já a alimentação fora, que havia ficado 0,15% mais cara em julho, subiu 0,35% em agosto. Com exceção das regiões metropolitanas de Belém (-0,79%) e de Curitiba (-0,54%), as demais tiveram variações positivas entre 0,03% (Belo Horizonte) e 2,49% (Salvador).
No grupo Comunicação (-0,56%), o destaque ficou com as contas de telefone celular que ficaram, em média, 1,57% mais baratas.
Entre os demais setores, o destaque foi a alta de 1,53% em transportes. As passagens aéreas apresentaram, em agosto, queda de 15,16%. Por outro lado, os combustíveis tiveram variação de 6,67%. O litro do etanol ficou, em média, 5,71% mais caro, segundo o IBGE. Já a gasolina subiu 7,19% em razão do aumento na alíquota do PIS/COFINS em vigor desde julho e da política de reajustes de preços dos combustíveis.