Com a expectativa de faturar R$ 968 milhões nesta safra, a produção rondoniense de café é mais um setor que mantém uma curva de crescimento contínua, com 51% sobre o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2016 (R$ 641 milhões), contrariando a tendência nacional que experimentou uma queda do VBP no período de 11,4%, saindo de R$ 24 bilhões em 2016 para uma expectativa de R$ 21 bilhões em 2017.
Satisfeito e com uma resposta na ponta da língua para justificar o expressivo desempenho da cafeicultura estadual, o secretário da Agricultura, Evandro Padovani, disse que o sucesso do café, assim como de toda agropecuária de Rondônia, se deve às ações de uma importante política pública do Governo do Estado destinada ao setor, que revolucionou a produção de grãos, leite e derivados, carne, peixes e toda a cadeia da agricultura familiar, que no geral em Valores Bruto da Produção cresceu no período a uma taxa de 10%, saindo de R$ 7,7 bilhões em 2016 para uma estimativa de R$ 8,5 bilhões em 2017, uma façanha exclusiva do Estado de Rondônia, já que os demais estados brasileiros continuam em queda, como de resto é o resultado economia brasileira.
Segundo ele, todo o crédito para este desempenho é do governador Confúcio Moura, que idealizou e incentiva projetos de grande alcance para a agropecuária, a começar pelo Programa Mais Calcário, que repassa anualmente 52 mil toneladas de calcário, gratuitamente, aos municípios do Estado para fazer a distribuição aos seus pequenos e médios produtores rurais, numa ação conjugada que também prevê a distribuição de mudas de café, produzidas com tecnologia para as condições de solo e clima de Rondônia, crédito, assistência técnica e toda orientação sobre preparo de solo, manejo, irrigação e até sobre colheita, entre outras tantas medidas. “O esforço do Governo é que está gerando este desempenho”, disse relacionando o sucesso da produção setor primário com os números da economia estadual.
No caso específico do café, o secretário citou dados de 2016, quando a safra registrou uma produção de pouco mais de 1,6 milhão de sacas, saltando para 2017 com uma produção prevista de mais de 2,2 milhões de sacas. Já em 2018, a expectativa é de que o Estado produza nada menos de 4 milhões de sacas, como resultado dos incentivos governamentais, principalmente com a maturidade das mudas de café clonal, que vão estar em plena capacidade produtiva neste período.
Já sobre a queda dos números do VBP nacional, Evandro Padovani citou os problemas climáticos – pouca chuva ou extemporaneidade – nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e parte do Estado de São Paulo, que prejudicaram períodos essenciais do cultivo, como a florada e até de enchimento dos grãos. Por este motivo, segundo o Observatório do Café (Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura), o faturamento da cafeicultura brasileira em 2017, expresso no Valor Bruto da Produção, está estimado em R$ 21,6 bilhões, contra os R$ 24,4 bilhões de 2016, que correspondem a cerca 6% do montante total de R$ 367,9 bilhões, o qual foi calculado com base no faturamento das 21 principais lavouras do País.
A área plantada de café em Rondônia atualmente é de 87 mil hectares, que devem produzir 26 sacas por cada hectare, contrapondo-se às 10,6 sacas da safra de 2012 e as 22 sacas produzidas em 2015 por cada hectares de café plantado. Pelos números apresentados pelo secretário Padovani, Rondônia vai produzir 2,2 milhões de sacas de café em 2017 na mesma área, e nada menos de 4 milhões de sacas na safra de 2018, segundo sua expectativa.