Com a violência crescendo, sem refresco, no asfalto e nos morros, o brasileiro está ficando mais tolerante ao uso de armas pelo cidadão comum. Pesquisa de opinião feita a pedido da coluna pelo Instituto Paraná Pesquisas revela que a maioria defende mais acesso às armas. Para 52,7% dos entrevistados, não deveria ter restrições à aquisição de armas e para 13,9% deveriam ser menores do que são hoje. Somados, os números mostram que 66% dos brasileiros querem mais acesso às armas para se defender.
Dos contrários ao uso de armas, 22,4% querem um rigor maior no acesso a elas e apenas 8,6% concordam com a legislação atual, que completa 14 anos do Estatuto do Desarmamento. Apenas 2,3% não sabem ou não responderam. Como era de se supor, entre os homens, o apoio às armas é ainda maior: 62% dos entrevistados defendem acesso total e 11% mais do que atualmente. Isso significa dizer que praticamente 3 a cada quatro homens querem mais armas nas mãos do cidadão comum (73%). Embora mais refratárias que o sexo masculino, 445% das mulheres gostariam de ter acesso absoluto às armas. Na outra ponta, a parcela de mulheres que defende regras mais duras para a compra de armas é de 28%. Entre os homens, 16,4%.
Por faixa etária, os jovens de 25 a 34 anos são os que mais defendem regras mais leves para a compra de armas, um total de 69,7%. Entre os mais velhos, de 60 anos ou mais, esse índice cai para 60,3%. Por região, nos Estados no Nordeste e Sudeste há mais apoio ao uso de armamento pela população, com 68% dos entrevistados defendendo acesso total ou restrições menores. No Sul, o percentual cai para 60%. Em todo o País O Paraná Pesquisas ouviu 2.640 brasileiros de todas as regiões entre os dias 21 e 24 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o grau de confiança de 95%.