Cerca de três mil trabalhadores e trabalhadoras rurais na agricultura familiar realizam na próxima semana, nos dias 5 e 6, em Porto Velho, o Grito da Terra Estadual (GTE 2017), principal ação de massa da categoria em busca da garantia de políticas públicas que assegurem desenvolvimento rural sustentável e solidário com qualidade de vida e trabalho no campo.
Os trabalhadores, organizados pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares no Estado de Rondônia (FETAGRO) e Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs), irão cobrar do governo estadual resposta à pauta de reivindicações e proposições, na expectativa de obter conquistas efetivas. A pauta do Grito contém propostas que expressam as principais demandas de aproximadamente 120 mil homens e mulheres do campo. O documento faz referencia a temas como regularização fundiária e ambiental; organização da produção; habitação rural; educação do campo; saúde; segurança pública do/no campo; crédito fundiário; entre outros. O presidente da FETAGRO, Fábio Menezes, esclarece que o Grito da Terra é uma ação de massa dos trabalhadores (as) rurais, instituído para servir de espaço permanente de discussão e negociação de políticas públicas para a agricultura familiar e os povos do campo com os poderes públicos estadual e federal. “Essa mobilização é a data base da negociação da classe trabalhadora rural com o poder público constituído”, afirma Fábio. Fábio ressalta que esta edição da mobilização também será ato público em defesa da democracia e do não retrocesso de direitos conquistados ao longo de anos de luta, referindo-se a atual situação política e econômica vivida em nosso país. O dirigente reforça a importância da mobilização para a luta da classe trabalhadora rural na agricultura familiar, por seu caráter reivindicatório e propositivo, mas especialmente neste ano por assumir a tarefa de defender direitos já garantidos e enfrentar os desmandos políticos do atual governo federal, como é o caso da Reforma Trabalhista, já aprovada, e da Reforma da Previdência, em via de ser aprovada, mas sob repúdio dos trabalhadores rurais e urbanos.