Polícia Militar registrou o caso como latrocínio – roubo seguido de morte. Um dos suspeitos foi preso e o outro está foragido.
O estudante Luiz Eduardo Silva Rover, de 21 anos, filho único do ex-prefeito de Vilhena (RO), José Luiz Rover (PP), foi morto com um tiro dentro de casa. O crime aconteceu na noite de sexta-feira (25) no Bairro Jardim América. A Polícia Militar (PM) registrou o caso como latrocínio – roubo seguido de morte. Segundo testemunhas, dois homens entraram na casa e um deles estava armado. Após o crime, um dos suspeitos foi preso e outro fugiu.
A PM apurou que a vítima havia saído de casa para comprar cerveja com um amigo. Quando eles retornaram para a residência, os criminosos entraram junto com o veículo e anunciaram o roubo.
O G1 esteve no local e conversou com o vereador Carlos Suchi (PTN), militar da reserva. Ele é vizinho de José Luiz Rover e contou que ouviu dois tiros. “Quando eu ouvi os tiros, já saí de casa para verificar e encontrei o suspeito saindo da casa do Rover com uma arma. Dei voz de parada para ele e pedi para que largasse a arma”, explicou.
O suspeito, de 22 anos, obedeceu à ordem de Suchi, mas o comparsa fugiu. A PM foi acionada e prendeu o jovem.
Segundo a direção do Hospital Regional, José Luiz Rover levou o filho baleado para a unidade. Contudo, o jovem teve uma parada cardiorrespiratória e morreu logo após receber os primeiros atendimentos.
Luiz completou 21 anos no último dia três de agosto. Segundo a funerária responsável, o velório está previsto para começar por volta das 11h, mas a igreja ainda não foi definida.
Investigação
O suspeito preso foi ouvido por cerca de 2h pelo delegado regional, Fábio de Campos, e pelo delegado titular da Delegacia Especializada na Repressão de Crimes Contra a Vida (DERCCV), Núbio Lopes de Oliveira. Em depoimento, o rapaz contou que morava em Tangará da Serra (MT) e veio há poucos dias morar com a mãe em Vilhena.
O jovem preso relatou que saiu, juntamente com um comparsa, para fazer um assalto à residência durante a noite. Eles estariam de bicicleta, e viram que na casa do ex-prefeito havia uma confraternização, e ficaram vigiando o local. Quando a vítima retornou para casa, eles entraram junto e anunciaram o roubo.
Porém, pessoas que estavam na casa teriam reagido ao assalto e, por isso, ele teria atirado. “Até agora, tudo indica que seja um caso de latrocínio. Ele diz que atirou por causa da reação. O suspeito diz que faz parte de uma facção criminosa e não delatou o comparsa. Estamos em investigação”, enfatiza o delegado regional.