Cem suspeitos de fraudarem concursos públicos foram identificados, nesta segunda-feira (21), na Operação Panoptes. Conforme a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) do Distrito Federal, os concurseiros terão que prestar esclarecimentos e podem perder os cargos públicos e até serem indiciados pelo crime de fraude em certames de interesse público. A pena pode chegar a seis anos.
Durante inquérito, a Polícia Civil interceptou ligações telefonônicas e acredita se tratar de uma rede de fraudes. Em um dos telefones, o suspeito diz: "Olha, nessa banca, além de fechar a prova, teremos de bloquear o sinal dos concorrentes", conforme o G1.
O delegado Bruno Ornelas declarou que o áudio comprova que "além de tentar controlar as seleções, a máfia tinha de impedir outros fraudadores". Em coletiva, Ornelas diz que ainda não se sabe quantos concursos foram fraudados, mas há provas de crimes nos exames da Agência de Desenvolvimento de Brasília (Terracap), da Secretaria de Saúde e do Corpo de Bombeiros.
As informações da polícia são de que candidatos pagavam de R$ 5 a R$ 20 mil para garantirem a aprovação. Após posse no cargo público, os concurseiros ainda repassavam o equivalente a 20 salários previstos em edital.