Pouco mais de 4,1 milhões de brasileiros entraram na faixa de pobreza no país em 2015, sendo que 1,4 milhão deles voltaram para a extrema pobreza no mesmo ano, informou o relatório “Radar IDHM 2015” nesta segunda-feira (14).
O relatório foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Fundação João Pinheiro divulgado.
Segundo o estudo, a faixa de pobreza concentra “pessoas com renda domiciliar per capita inferior a um quarto de salário mínimo, de agosto de 2010”. Já na extrema pobreza estão as pessoas com “renda domiciliar per capita inferior a R$ 70 em agosto de 2010”.
“Os dados trazidos pelas PNADs mostram que houve redução na renda per capita da população brasileira (passando de R$ 803,36 em 2014 para R$ 746,84 em 2015) e ingresso de 4,1 milhões de pessoas na pobreza sendo que, deste total, 1,4 milhão de pessoas ingressaram na extrema pobreza. Esses dados alertam para a necessidade das políticas públicas voltadas ao crescimento do emprego e da renda, sem deixar de lado o combate à desigualdade”, informa ainda o documento.
O texto ainda ressalta que o “Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil parou de crescer em 2015, mas ainda permanece na faixa de alto desenvolvimento humano, com 0,761”.
Entre os motivos apontados pelos índices piores é o fato da crise econômica ter atingido fortemente a população naquele ano.
“O estudo analisa três dimensões – Longevidade, Educação e Renda – e constata que ‘a taxa média de crescimento anual do IDHM entre 2011 e 2015 foi de 0,8%, inferior à observada entre 2000 e 2010, que foi de 1,7%'”.
O Radar IDHM usa informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).