O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi inocentado pela Justiça do crime de calúnia por ter chamado Aécio Neves de "filhinho de papai" durante um comício eleitoral em Minas Gerais, em 2014.
Na época, o petista questionou a posta de Aécio como adversário de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da eleição presidencial. "O comportamento dele não é de um candidato com responsabilidade, é o comportamento de um filhinho de papai que sempre acha que os outros sempre têm que fazer tudo para ele, que olha com o nariz empinado", afirmou o ex-presidente.
A coligação do tucano pediu a instauração de um inquérito para investigar os crimes de calúnia, injúria e difamação. No entanto, segundo informa a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, os crimes de injúria e difamação prescreveram, pois como o petista tem mais de 70 anos, os prazos de prescrição caem pela metade.
O crime de calúnia foi considerado inexistente. A Justiça concluiu que as declarações de Lula "emergiram da emoção e do calor de um comício" e, portanto, foram genéricas e superficiais.