A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prepara uma dura punição à companhia espanhola Isolux Corsán, por conta de atrasos em obras de linhas de transmissão assumidas pela empresa. A proposta, conforme apurou o ‘Estado’, é proibir a empresa de participar de qualquer tipo de leilão do setor elétrico no Brasil pelo prazo de dois anos. A decisão, tomada pela área técnica da agência e já encaminhada para sua diretoria colegiada – que dará o parecer conclusivo sobre o caso -, foi tomada após a Aneel buscar todos os argumentos possíveis da Isolux que pudessem justificar o atraso de anos em linhas de transmissão prioritárias na entrega de energia de hidrelétricas amazônicas como Jirau, Santo Antônio e Belo Monte. A avaliação é de que a empresa espanhola não conseguiu apresentar nenhuma explicação plausível. A punição ocorre depois de a Aneel retomar dois grandes projetos que estavam nas mãos da Isolux, mas que nunca tiveram suas obras iniciadas. No mês passado, a agência assinou contrato com novas empresas, que se encarregarão de construir aproximadamente 2 mil quilômetros de linhas a partir do zero. A rede que começa no Pará e que deveria estar pronta em novembro de 2019, agora só será entregue daqui a cinco anos, em agosto de 2022, ou seja, 33 meses depois. A linha que avança pela região Norte a partir de Rondônia foi reprogramada de maio de 2019 para agosto de 2021, uma dilatação de 27 meses sobre o cronograma original.
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