Acir Gurgacz (RO) desagrada o partido desde o impeachment de Dilma Rousseff
Membros do diretório do PDT pediram a expulsão do senador Acir Gurgacz (RO) por se ausentar da votação da reforma trabalhista.
Segundo o diretório, Gurgacz tem contrariado as posições do partido sistematicamente. Entre as reclamações desta ala do PDT está o fato do senador ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff.
“O PDT lançou reiteradas vezes advertências em público para aqueles que votassem contra a orientação oficial do Partido – onde claramente o PDT expôs em público as suas posições políticas com a devida clareza e transparência, com o intuito dos seus quadros e militantes, a se portarem contrários contra a Reforma Trabalhista e ao governo Temer – decisão esta tomada desde a reunião do Diretório Nacional em maio de 2016”, diz trecho de um documento escrito pelo diretório.
Além disso, o senador, em uma tentativa de se esquivar de temas polêmicos apoiados pela legenda, pediu afastamento por um período e em seu lugar assumiu o segundo suplente, Pastor Valadares que votou pela aprovação da PEC 55, classificada pela Juventude Socialista do PDT como “hedionda”, vez que, segundo o partido, “revoga direitos inalienáveis do povo brasileiro”. Em nota de repúdio emitida em dezembro do ano passado, a JS declarou “ação individual destes parlamentares (Valadares, Lasier Martins e Telmário Mota) nos causa constrangimento, envergonha a nossa história e trai nossos militantes, pois rompe com as tradições de luta do Trabalhismo”.
O trio também sofreu repúdio do Movimento Sindical do PDT, que na mesma linha, em nota, pediu “punição à altura”.
Dentro do partido existe um clima de insatisfação com o modo de agir de Gurgacz. Em entrevista na noite de quinta-feira, 10, Ciro Gomes, virtual candidato da legenda em 2018 à presidência, destacou que o PDT vem “punindo com rigor” os filiados que não seguem as orientações partidárias.