Além de uma delação premiada da Lava Jato que deverá ser anulada, como antecipou Rodrigo Janot em entrevista nesta semana, outras colaborações, principalmente as que citam políticos, passarão por recall quando a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, assumir.
Não será como o recall de empreiteiras, que tiveram a chance de falar de fatos que haviam omitido. Os colaboradores serão chamados para esclarecer inconsistências, apresentar provas de pontos específicos e responder a contradições entre seus relatos e os de outros delatores. Farão parte desse rol Sérgio Machado, Delcídio Amaral e alguns delatores ligados à Odebrecht.
Não é, portanto, a delação do ex-líder do governo Dilma Rousseff aquela que Janot decidiu anular. Trata-se de um delator menos “visado”, segundo investigadores, e que mentiu deliberadamente em depoimentos. O nome é mantido em segredo porque a anulação ensejará outras medidas, como buscas e prisões.