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URGENTE: Ar seco causa sangramento nasal e também dor de cabeça

Balde de água no quarto não é solução, Saiba como driblar problemas




A cidade de São Paulo completa 45 dias sem chuva nesta sexta-feira (28) e a população sente os efeitos na saúde. De acordo com a otorrinolaringologista Maura Neves, o ar seco causa impactos principalmente para o sistema respiratório.


— Os sintomas mais comuns são ardência e incômodo nos olhos, no nariz e na garganta. O tempo seco também pode desencadear crises de tosse, rinite e coceira nasal, além do nariz tampado. Pode haver dor de cabeça também, especialmente se o nariz estiver muito trancado. Esse último problema se agrava em uma cidade como São Paulo, onde existe um alto índice de poluentes no ar e a chuva ajuda a diluir a concentração dessas substâncias na atmosfera.


A médica lembra ainda que o tempo seco leva a um ressecamento na mucosa — o revestimento interno do nariz. “Esse ressecamento causa rupturas que, por consequência, levam ao sangramento nasal”, afirma.

Para driblar os transtornos, a especialista recomenda a ingestão de, no mínimo, dois litros de água por dia. A lavagem nasal com soro fisiológico, que ajuda na umidificação e na remoção de impurezas e poluentes de dentro do nariz, também é imprescindível. De acordo com Maura, as limpezas devem ser realizadas uma vez pela manhã e outra durante a noite.


— Mas se houver a queixa do nariz ressecado em outro período do dia, a lavagem deve ser realizada sempre que necessário. Os olhos também sofrem bastante, então colírios lubrificantes ajudam.


São Paulo está sem chuva há 45 diasEstadão Conteúdo

Gripe, resfriados e doenças respiratórias

No inverno, há ainda um aumento da proliferação dos vírus e bactérias, então, crescem os casos de doenças infecciosas respiratórias, como resfriado, gripe, sinusite, ressalta a especialista.


— Deve-se tomar cuidado principalmente com crianças e idosos, já que o sistema imunológico desses grupos é mais sensível a mudanças de temperatura. Eles são mais suscetíveis a essas infecções e, quando elas são contraídas, costumam ser mais severas.


Nesse sentido, evitar locais fechados é uma medida. O uso de aquecedor ou mesmo ar condicionado no ciclo quente é liberado, mas com parcimônia.


— Eu costumo recomendar, nessas épocas do ano, que se tome cuidado com o ar condicionado porque ele resseca o ar que respiramos. Vale intercalar o uso desse aparelho com o de um umidificador quando a umidade relativa estiver muito baixa. Os índices recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) são aqueles acima de 60%. Qualquer coisa abaixo disso já começa a trazer mais dificuldades para o sistema respiratório.


Soluções caseiras

Para aliviar o tempo seco dentro de casa, a otorrinolaringologista explica que métodos caseiros como dispor um balde d’água dentro dos cômodos ou uma toalha úmida na cabeceira da cama até funcionam, mas com opções secundárias.


— O balde não funciona tanto, porque a superfície de água não é tão grande assim para evaporar. A toalha úmida na cabeceira da cama até dá mais certo, porque ela vai umidificando o ambiente conforme seca.


Agora, entre usar um balde cheio d'água e lavar o nariz com soro fisiológico, existe a comprovação científica de que a segunda alternativa é eficaz. Então eu, como profissional, indico sempre a limpeza com soro.

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