Um esquema fraudulento, que tinha como vítimas familiares de pessoas internadas em UTI´s de hospitais de Porto Velho, foi descoberto pela Polícia Civil do Estado, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), após quase três meses de investigação.
A investigação realizada pela Draco confirmou que os autores dos golpes eram presidiários, atualmente cumprindo pena em uma unidade prisional do interior do estado de Mato Grosso. Com acesso a aparelhos celulares dentro das celas, os criminosos, com peculiar sutileza típica dessa espécie de criminalidade, conseguiam as informações necessárias para a execução da fraude nos próprios hospitais. De posse de tais dados, procediam à segunda fase da operação criminosa, que era o contato com o responsável pelo paciente.
De acordo com a Draco, após adquirirem informações pessoais dos pacientes, como o telefone de contato do responsável e o respectivo quadro clínico do familiar internado, eles se passavam por médicos do hospital e solicitavam determinada quantia em dinheiro, variando entre R$ 2.000,00 e R$ 5.000,00, destinada à realização de supostos exames não cobertos pelos planos de saúde (hospitais particulares) ou não disponibilizados pelo SUS (hospitais públicos).
O suposto médico inventava um quadro clínico grave que dependeria de exames especializados, geralmente não cobertos pelo plano (quando pacientes internados em hospitais particulares) ou não disponíveis na rede pública de saúde.
O responsável, já fragilizado com a internação do seu familiar, assustado com o quadro clínico criado pelo falso médico, transferia dinheiro para contas bancárias indicadas pelo criminoso. As contas beneficiadas foram identificadas como pertencendo a pessoas ligadas aos criminosos. Os valores cobrados pelos criminosos eram depositados em conta corrente de agências bancárias situadas em cidades do interior do Mato Grosso.
Alerta
A Draco aproveitou para alertar a população, principalmente àqueles que têm familiares internados em UTI, para que não efetuem nenhum tipo de transferência ou depósito de valores atendendo a solicitação de médicos ou de funcionários de hospital, supostamente para arcar com custas de exames, procedimentos ou cirurgias. “Caso recebam esse tipo de ligação, vá à unidade hospitalar confirmar a informação e, caso não seja verídica, procure a polícia”.
FONTE: ASCOM Policia Civil
EDIÇÃO: Rondoniaovivo