Embora a taxa de gestação na gravidez tenha diminuído no Brasil nos últimos 10 anos, o número ainda é extremamente alto
A gravidez na adolescência é quase invariavelmente indesejada e ocorre relacionada a motivos diversos que incluem descuido no uso de métodos anticoncepcionais e conflitos emocionais pessoais e familiares. Ao se deparar com essa notícia, surge uma avalanche de questões: algumas vezes decide-se por um aborto e, em outras, a escola é deixada de lado para a procura de trabalho, tendo em vista que a posição de cada família é muito variável, com acolhimento ou abandono.
Riscos da gestação na adolescência
Além dessa situação complexa, clinicamente a adolescente grávida pode enfrentar problemas mais frequentes nessa faixa etária, como hipertensão, restrição do crescimento do bebê e trabalho de parto prematuro. Por isso, em diferentes instâncias públicas e da iniciativa privada, discute-se muito formas efetivas para evitar que uma gestação ocorra em um momento tão importante da vida dessas meninas.
Prevenção
Essas medidas incluem uma extensa distribuição de preservativos, pílulas anticoncepcionais e dispositivos intra-uterinos em unidades de saúde, assim como programas de orientação realizados por agentes de saúde da família e informação direcionada à educação sexual oferecida nas escolas.
Apesar da redução, números continuam altos
A boa notícia é que essas iniciativas têm sido bem sucedidas! Houve diminuição de quase 20% no nascimentos de bebês de adolescentes no Brasil nos últimos dez anos: enquanto em 2004 foi algo em torno de 660.000 bebês, em 2015 esse número caiu para 545.000 nascimentos.
Mesmo assim, há muito a se fazer, pois esses números ainda são extremamente altos e, não há dúvida, que é melhor para todos os envolvidos que a gestação ocorra em momentos de maturidade física e emocional.