Discriminação é uma das causas, intensificada por questões como origem étnica e religião
A ONU (Organização das Nações Unidas) alertou neste 23 de junho, Dia Laranja pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que uma em cada cinco mulheres ou meninas refugiadas sofreu violência sexual. Trata-se de mais uma brutalidade, dentre as tantas sofridas em função do deslocamento forçado e da apatridia.
A instituição chegou a essa conclusão por meio de estudos acadêmicos, nos quais também se pode observar que a discriminação é uma das causas deste tipo de violência e costuma ser intensificada por questões como origem étnica, religião, identidade de gênero, orientação sexual e deficiências físicas.
Brincadeiras ajudam crianças refugiadas a se adaptarem ao novo país
Do total de refugiados, as mulheres chegavam a 49%, de acordo com o relatório Tendências Globais, feito pela Acnur (Agência da ONU para refugiados). As mais vulneráveis são as idosas, grávidas ou as que fazem as perigosas travessias desacompanhadas.
A representante da Acnur no Brasil, Isabel Marquez, afirma que é essencial, na prevenção do deslocamento forçado, uma situação de empoderamento feminino, que venha acompanhado da igualdade tanto de gênero quanto de oportunidades.
Para a Acnur, a garantia de que todas as mulheres e meninas refugiadas tenham proteção jurídica e social é imprescindível, e para isso os países-membros da ONU têm a responsabilidade de facilitar a mobilidade das pessoas, oferecendo condições para uma migração segura, ordenada e regular.