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CAPA: Amamentação reduz risco de doenças cardíacas em até 18%

De acordo com novo estudo, cada 6 meses adicionais de amamentação estão associados a um risco 4% menor de doenças cardíacas e 3% menor de derrame




De acordo com novo estudo, cada 6 meses adicionais de amamentação estão associados a um risco 4% menor de doenças cardíacas e 3% menor de derrame


O estudo

Pesquisadores da Universidade Oxford, na Inglaterra, e da Academia Chinesa de Ciências Médicas, na China, acompanharam cerca de 290.000 mulheres chinesas por oito anos. Os resultados mostraram que aquelas que tinham amamentado, corriam um risco 9% menor de desenvolver doenças cardíacas e 8% menor de sofrer derrames.


Além disso, os benefícios aumentaram de acordo com a duração da amamentação. Ou seja, as mães que amamentaram seus filhos por até dois anos ou mais diminuíram sua probabilidade de doenças cardíacas em até 18% e de derrames em 17%. Segundo o estudo, a cada seis meses adicionais de aleitamento, o risco de desenvolver os problemas diminuía em 4% e 3%, respectivamente.


“Apesar de não conseguirmos estabelecer a relação entre causa e efeito, os benefícios podem ser explicados pela aceleração do metabolismo que a amamentação promove depois do parto. A gravidez muda o metabolismo da mulher drasticamente enquanto armazena gordura para fornecer energia necessária para o crescimento do bebê e para o leite materno. Amamentar ajuda a eliminar essa gordura de forma mais rápida e completa.”, disse Sanne Peters, pesquisador na Universidade Oxford.


Benefícios da amamentação

Outra hipótese é que, em geral, as mulheres que amamentam são mais propensas a se engajarem em comportamentos mais saudáveis, reduzindo, consequentemente, os riscos de doenças, em comparação com as que não o fazem. Segundo os pesquisadores, o estudo é um dos primeiros a fornecer evidências dos benefícios em longo prazo do aleitamento.


O leite materno pode ajudar a proteger recém-nascidos de doenças e infecções, e é recomendado para, pelo menos, os primeiros seis meses de vida da criança, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). “As descobertas devem encorajar as mães a amamentarem por mais tempo, visto que promove benefícios que dependem disso”, disse Zhengming Chen, principal autor da pesquisa.


Na China, o tempo médio que as mulheres amamentam é mais longo – cerca de um ano a mais do que as mulheres do Ocidente, que geralmente amamentam por quatro a seis meses. No entanto, o período de tempo ideal para amamentar, a fim de obter o maior benefício, não foi determinado pelo estudo. Segundo os pesquisadores, testes futuros poderão responder essa pergunta e esclarecer por que a amamentação promove esses benefícios.

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