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POLÊMICA: Cunha chega à PF no Paraná para depor em inquérito sobre Temer

Depoimento estava marcado para as 11h desta quarta-feira (14).



O deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chegou à sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, por volta das 10h desta quarta-feira (14).


No local, ele prestará depoimento sobre o inquérito que investiga o presidente da República Michel Temer (PMDB). O depoimento estava marcado para as 11h.


O advogado Eduardo Rios, que defende o político, disse que o cliente tentará responder "na medida do possível" as perguntas enviadas pela PF ao presidente. O objetivo das perguntas da PF é esclarecer questões relacionadas à delação da JBS.


"Ele vai responder pelo menos aquelas 82, encaminhadas ao Temer, as que dizem respeito a ele [Cunha]", afirmou o advogado à imprensa antes do início do depoimento.


Condenado pela Operação Lava Jato a 15 anos de reclusão, Eduardo Cunha está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi preso em outubro de 2016.




Acesso ao material



Na terça (13), a defesa de Eduardo Cunha pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso às gravações que integram a investigação sobre Michel Temer antes de depor à Polícia Federal sobre o caso.


Eduardo Cunha, porém, quer ter acesso ao material da investigação com 48 horas de antecedência para poder responder às perguntas com ampla defesa.


Desse modo, o peemedebista pediu ao STF que também determine à PF a "readequação da pauta" do depoimento.




Delações da JBS



Em março deste ano, Michel Temer foi gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, numa conversa em que, segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), deu aval para pagamentos a Cunha com o objetivo de convencer o ex-deputado a não fechar acordo de delação premiada.


O presidente nega as acusações, diz que não teme delações e afirma que jamais atuou para beneficiar a JBS no governo.


Nesta semana, o ministro Edson Fachin concedeu cinco dias para a PF concluir o inquérito sobre Temer, prazo que vence na segunda-feira (19).


Depois, se avaliar que há provas contra o presidente, caberá à PGR oferecer uma denúncia; caso contrário, poderá pedir o arquivamento do caso.

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