"Vamos ter bom senso. Se houver a punição, não podemos cometer exageros e com isso prejudicar o campeonato em curso. Não vai ser expulso", declarou Bevilacqua assim que deixava um restaurante na Rua Sete de Setembro, no centro do Rio, acompanhado de dois amigos.
Ele disse que há muita consistência no relatório preparado pelo auditor do STJD, Mauro Marcelo de Lima e Silva, e adiantou que até segunda ou terça vai definir o encaminhamento do tema. Ou seja, tudo indica que oferecerá denúncia contra o Inter e vários de seus dirigentes com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
"Claro que não posso antecipar o que vai acontecer e a eventual manifestação dos auditores com direito a voto. Mas, obviamente, que não se trabalha no STJD com esses exageros."
O Internacional está na Série B do Brasileiro e, segundo o relatório concluído na manhã desta quarta, num inquérito sobre a falsificação de e-mails juntados pelo Inter em processos no STJD, apesar de o clube não ter fraudado os documentos, fez uso deles e por isso deve responder. O teor do relatório foi noticiado incialmente pela repórter Gabriela Moreira, da ESPN.
Mauro Marcelo defende no relatório a denúncia contra o Inter, o ex-presidente Vitório Piffero, o ex-diretor jurídico Giovani Gazen, os advogados do clube Felipe Baumann, Daniel Cravo, Rogério Pastl e Diego do Canto e o ex-gerente do Vitória-BA, Anderson Barros.
O Inter tentava provar na justiça esportiva que o Vitória escalara irregularmente o jogador Victor Ramos – hoje na Chapecoense – em partidas do Brasileiro de 2016. Imaginava assim ver o clube baiano punido com perda de pontos, o que poderia lhe assegurar a permanência na Série A.
O STJD, assim que confirmada a denúncia da procuradoria, deve trabalhar com as hipóteses de multa e impossibilidade de contratação de jogadores por um período (para o Inter) e de suspensão (para dirigentes e advogados envolvidos no caso).
