Ex-ministro da Fazenda afirmou, entretanto, que a conta foi aberta antes de ele assumir cargo no Planalto; defesa diz que valor é oriundo de uma herança
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega apresentou nesta segunda-feira (29) um documento à Justiça no qual admite ter uma conta não declarada na Suíça, cujo saldo é de US$ 600 mil (o equivalente a quase R$ 2 milhões). O material foi entregue ao Judiciário pelos advogados do economista.
Segundo informações publicadas pelo jornal “ O Estado de S.Paulo ”, a petição entregue à Justiça assegura que o valor encontrado na conta de Guido Mantega é fruto da venda de um apartamento que pertencia à sua família. Ou seja, a defesa afirma que o montante não foi obtido por meio de suposto recebimento de propina.
No documento, assinado pelo advogado Fábio Tofic Simantob, o ex-ministro informa que “abre mão de todo e qualquer sigilo bancário, financeiro e fiscal”, inclusive da conta no exterior com saldo de US$ 600 mil. A defesa diz ainda que a conta citada foi aberta antes de 2006, quando ele assumiu o Ministério da Fazenda, ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo informações publicadas pelo jornal “ O Estado de S.Paulo ”, a petição entregue à Justiça assegura que o valor encontrado na conta de Guido Mantega é fruto da venda de um apartamento que pertencia à sua família. Ou seja, a defesa afirma que o montante não foi obtido por meio de suposto recebimento de propina.
No documento, assinado pelo advogado Fábio Tofic Simantob, o ex-ministro informa que “abre mão de todo e qualquer sigilo bancário, financeiro e fiscal”, inclusive da conta no exterior com saldo de US$ 600 mil. A defesa diz ainda que a conta citada foi aberta antes de 2006, quando ele assumiu o Ministério da Fazenda, ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Aproveita, outrossim, para esclarecer que não espera perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no exterior, mas reitera que jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de qualquer natureza como contrapartida ao exercício da função pública, conforme poderá inclusive confirmar o extrato da conta, documento que o peticionário se compromete a apresentar tão logo o obtenha da instituição financeira”, acrescenta a petição escrita pela defesa do ex-ministro.
Prisão temporária
Em setembro do ano passado, o ex-ministro chegou a ter a prisão temporária decretada durante 34ª fase da Operação Lava Jato . Horas depois, entretanto, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), revogou a prisão porque Mantega acompanhava a mulher em um hospital na capital paulista , pois ela seria submetida a uma cirurgia.
“O ex-ministro acompanhava o cônjuge acometido de doença grave em cirurgia. Tal fato era desconhecido da autoridade policial, MPF [Ministério Público Federal] e deste juízo", disse o juiz Sérgio Moro, ao justificar a soltura de Guido Mantega. Durante a 34ª fase da Lava Jato, a força-tarefa da operação apurava “irregularidades na contratação, pela Petrobras, de empresas para a construção de duas plataformas para exploração da camada do pré-sal”.