A confusão está armada e começa a deixar o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) em uma situação, no mínimo, desconfortável. Em um rompante de “indignação” teatral, ele “afastou” o vice-prefeito Edgar do bOI da linha de frente e exonerou o presidente da Emdur, Juscelino Amaral.
O primeiro foi denunciado nominalmente por delatores da JBS de ter recebido propina para corromper fiscais e o segundo apareceu como recebedor de recursos para sua campanha a deputado federal em 2014, valor este declarado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O problema é que Hildon anunciou que “Juscelino pediu para sair” e a Maçonaria, em nota, declarou que o prefeito mentiu e que “exonerou sem motivos” Juscelino Amaral.
Um dia após a delação da JBS vir à público, Juscelino Amaral, talvez já prevendo o desconforto, contratou o jornalista Carlos Araújo para que o mesmo produzisse uma nota, informando que ele, Juscelino, teria recebido a doação da JBS, mas que isso ocorreu de forma legal e declarada. A ideia era minimizar os estragos.
NOTA DE REPÚDIO
A Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, vem a público repudiar o ato do Prefeito Dr. Hildon de Lima Chaves por ter exonerado sem motivos, o Presidente da EMDUR, Dr. JUSCELINO MORAES DO AMARAL, homem íntegro, probo, e que vinha realizando um excelente trabalho frente a esta Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano, existem muitos relatos do bom trabalho que estava sendo desenvolvido, relatos inclusive de servidores daquela Instituição que afirmam que nunca se trabalhou tanto por Porto Velho, quanto nesta gestão.
Falamos sem motivo, pois, segundo relatos, o que levou o Prefeito a tomar tal decisão foi o recebimento de uma doação por parte de JUSCELINO para a sua campanha a Deputado Estadual em 2014, DOAÇÃO LEGAL. O valor recebido em doação foi declarado junto ao TRE, depositado em conta específica da campanha, incluído na prestação de contas, que foi aprovada sem ressalva, portanto não houve nenhum crime ou dolo por parte de JUSCELINO.
E indo um pouco mais além, não somos capazes de enumerar todos os candidatos que receberam doações, de forma legal, neste estado. E se receber doação legal for motivo de exoneração, que façamos com todos; que sejam exonerados senadores, deputados estadual e federal, governadores, prefeitos e vereadores. Juscelino Amaral foi Grão-Mestre da GLOMARON por 08 anos (dois mandatos), conhecemos a sua pessoa e o seu caráter, assim como boa parte da população da nossa capital.
A atitude do Prefeito é uma afronta com todos os Maçons do estado, principalmente por querer comparar a situação de Juscelino com a de seu Vice, Edgar Tonial. As situações são completamente diferentes e adversas, uma não tem nada a ver com a outra. Sem contar o prejuízo à imagem do cidadão, que, com certeza, terá seu nome e honra manchados, dificultando a sua trajetória política a partir de agora.
Ficamos pensando: será que ser honesto agora é crime?
Aldino Brasil de Souza
Grão-Mestre da GLOMARON