O jornalista Jorge Bastos Moreno, de O Globo, publicou uma verdadeira bomba atômica em sua coluna. Moreno, um dos mais bem informados jornalistas da capital da República, informa que RIcardo Saud, executivo do Grupo JBS, já tendo ocupado cargo no Ministério da Agricultura e um dos principais operadores de Joesley Batista foi um dos principais cabos eleitorais do ministro Edson Fachin em sua busca pela nomeação à vaga do STF.
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Saud circulava de braços dados com o hoje Ministro cabalando apoios e buscando garantir a condução de Fachin para a Suprema Corte brasileira. Sendo assim, não surpreende que Fachin tenha homologado o mais generoso acordo de delação premiada da história da humanidade em favor de Joesley Batista. É o primeiro caso em que, mesmo contra a expressa letra da lei, um chefe de organização criminosa escapa sem sofrer qualquer sanção penal.
Fachin, é claro, faz-se de inocente e jura por tudo que é mais sagrado que não conhecia as atividades criminosas da JBS em maio de 2015, quando foi indicado ao cargo. Diz que se soubesse não teria aceitado a ajuda.
Como aceitou e dependeu fundamentalmente do delator em sua caminhada, deveria ter se declarado impedido de encaminhar este indecoroso acordo de delação que, vazado de forma descontextualizada pelo jornalista Lauro Jardim, colocou a República toda em estado de espera, por muito pouco não derrubando o Presidente da República.