O presidente Michel Temer se reuniu nesta quarta-feira (24) com os seus principais assessores e advogados para discutir o agravamento da crise política após a delação da JBS.
Como o chefe do Execucutivo federal descarta a renúncia e não acredita no processo de impeachment via Câmara, a preocupação do governo é a ação ajuizada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo PSDB que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. O julgamento será retomado em 6 de junho.
O governo já trabalha com a possibilidade de um placar contrário para Temer no TSE. Mas, mesmo assim, está "disposto a enfrentar" para "prolongar" o resultado. Isto é, vai trabalhar por um julgamento longo, apostando em um pedido de vista (mais tempo para analisar o caso), sem desfecho em junho.
A estratégia discutida- que estava descartada antes da delação da JBS- é um pedido de vista por algum ministro . Desta forma, o governo ganha tempo no tribunal já que o julgamento seria, mais uma vez, interrompido por um ministro para que ele tivesse mais tempo para analisar o processo.
Antes da delação da JBS, Temer queria finalizar o processo no TSE agora em junho. O Planalto tinha segurança do resultado favorável ao governo e queria eliminar focos de pressão exatamente por temer o avanço das investigações da Lava Jato envolvendo peemedebistas e quadros importantes do governo.
Mas o cenário mudou. Como o blog antecipou nesta semana, no entanto, o governo já conta com três votos contrários a Temer. Está em dúvida em relação ao quarto voto. São sete ministros ao total na corte.
Na dúvida, Temer prefere, segundo seus auxiliares, aposta em um cenário de crise prolongada.