Temer diz que áudio é fraudulento; JBS nega que material tenha sido alterado
Em pronunciamento na tarde deste sábado (20), o presidente Michel Temer afirmou que a gravação de que foi alvo foi "fraudulenta e manipulada" e atacou o delator Joesley Batista, da JBS.
"Ele cometeu o crime perfeito. Enganou os brasileiros e agora mora nos Estados Unidos. Quero observar a todos vocês as incoerências entre o áudio e o teor do depoimento. Isso compromete a lisura de todo o processo por ele desencadeado" (leia a íntegra).
A defesa do presidente pediu ao Supremo a suspensão do inquérito até que sejam avaliadas as gravações.
Temer, trajando camisa social e sem gravata, também citou as reformas em curso e a melhoria em indicadores econômicos. "Meu governo tem rumo. O Brasil não sairá dos trilhos, eu continuarei à frente do governo."
Temer chamou de "pífia" a acusação de corrupção pela qual é investigado no STF (Supremo Tribunal Federal), a partir de delação de Joesley, e disse que continuará à frente do governo.
"O Cade não decidiu a questão solicitada por ele. O governo não atendeu a seus pedidos. Portanto, naõ se sustenta a acusação pífia de corrupção passiva."
O presidente também citou o BNDES e disse que a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques, "moralizou o BNDES, colocou ordem na casa, e tem meu respeito e meu respaldo para fazê-lo".
Em seu segundo pronunciamento desde o início da crise aberta pela delação premiada da empresa, o presidente atacou o executivo da JBS e tentou de desqualificar as suspeitas levantadas pela delação. Temer declarou que Batista cometeu "falso testemunho".